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CONTRIBUTOS

METODOLOGIAS

Praxiological Assessment Technology (PAT)

A tecnologia PAT – Praxiological Assessment Technology (Tecnologia de Aconselhamento Praxiológico), detida pelo Instituto Politécnico de Coimbra, é utilizada pelo Instituto Politécnico de Viseu no âmbito do projeto Monitor2030‐Inovar para Monitorizar e Avaliar o Impacto 2030, ao abrigo de Acordo de Regulação de Titularidade de Resultados de I&D, tendo sido inicialmente desenvolvida e testada no contexto do projeto in_Agri, Rede de Oficinas de Inovação para o setor Agro industrial (referência CENTRO‐01‐AC28‐FEDER‐004038 –nº 3494 – in_AGRI).

Trata-se de um conhecimento evolucionário fruto de polinização cruzada: da filosofia à ciência, da lógica à teoria de sistemas e à cibernética. Trata-se de uma epistemologia para a monitorização reflexiva e análise retroativa e prospetiva do desenrolar de processos em ações intencionais, informando os seus agentes e permitindo a identificação e reparação de eventuais retificações a efetuar no sentido da obtenção dos resultados pretendidos.

Fig.1: Os 3 níveis do processo PAT: PAD (Projectabilidade, Alcançabilidade e Desejabilidade), QuiExp1 e QuiExp2 (n)

Em 3 passos (Fig.1 e 2), a PAT monitoriza, quantifica e relaciona propriedades que qualificam o desempenho de sistemas de ações intencionais, realizados por agentes singulares ou coletivos, permitindo a deteção precoce de falhas e desvios sistémicos e aconselhando eventuais procedimentos de retroação a serem implementados em tempo real pelos operadores do sistema de ações considerado, no âmbito dos projetos de investimento financiados por estes programas, e outros.

Assenta sobre uma arquitetura fractal alicerçada na relação um-para-muitos de Objetivos |O| para Resultados |R|, estratificado em n níveis de ação estratégica (ad infinitum). Esta propriedade permite a sua adaptação a qualquer desenho estrutural adotado em qualquer sistema de ações considerado, ergo, de qualquer sistema tecno-social. A partir do 3º nível de processamento, estabelecem-se conjuntos de indicadores constituídos por números puros que, através de um referencial lógico preciso, permitem a caracterização do estado de qualquer nível estratégico nos sistemas de ações considerados, ativando mecanismos automáticos para a retroação informada através de geradores gráficos e semânticos, reportando o estado do sistema e a intensidade das eventuais medidas corretivas a adotar. Estes indicadores permitem a comparação e correlação de sistemas díspares, estabelecendo uma referência absoluta que permite a harmonização da praxis intra, inter e trans-sistémica, facilitando a identificação de relações causais entre os seus conjuntos de indicadores e outras métricas atualmente adotadas, aprofundando a compreensão dos fenómenos considerados.

 

Fig.2: Processo de conhecimento PAT: correspondência PAD para QuiExp1, semântica, polaridade e notação

Atuando como gerador de tensegridade indutor de resiliência, ou seja, como mecanismo de homeostase automática que foca os operadores em ação nos seus resultados e na evolução das suas operações para a satisfação dos seus objetivos, a PAT avalia a praxis e informa retroações a adotar para garantir que os objetivos são cumpridos nos seus resultados específicos de valor acrescentado.

Process mining (PM)

A aplicação do Process mining à avaliação de impacto de intervenções cofinanciadas pode ser feita num primeiro nível, de forma direta, aos processos de atribuição e de execução desses cofinanciamentos, auxiliando as respetivas entidades gestoras dos programas a facilmente identificar potenciais não conformidades ou ineficiências.

Num segundo nível, com a adição de atividades/eventos relevantes para a caraterização de cada caso (pré- e pós-cofinanciamento), permite melhor caraterizar as atividades participantes (face ao target), bem como tipificar as sequências de ações posteriores à intervenção (relação de ocorrências relativas a produtos, resultados e impactos).

Num terceiro nível, alargando o universo de atividades/eventos para abranger outras ocorrências relacionadas com a conjuntura e o contexto em que a atividade dos agentes se desenrola, passa a ser possível estabelecer padrões de interação entre os agentes e o respetivo meio envolvente.

Sendo uma abordagem baseada em dados, a resposta às questões de análise requer o acesso a fontes fidedignas (sistemas de informação operacionais). Ao contrário de outras abordagens que se focam na análise de amostras de casos representativos, esta abordagem preconiza a análise da totalidade da informação disponível, permitindo identificar e analisar ocorrências isoladas ou pouco frequentes de desvios (casos não conformes ou inesperados). Por basear a análise em ocorrências reais e não em conceções teóricas, permite maior objetividade na análise e na tomada de decisão.

Metodologia alternativa – efeito indireto

Metodologia que assenta na análise dos dados a um nível de menor desagregação – por Município – respondendo, ainda que de forma indireta, aos objetivos propostos. A vantagem inerente à opção tomada é o volume de informação pertinente e relevante que se encontra disponível. O grande desafio reside no facto de se tratar de uma relação indireta e não facilmente atribuível a uma causa-efeito. Portanto, com esta metodologia, respondemos a várias questões, nomeadamente, se nos concelhos onde houve mais financiamento foram verificados incrementos nos indicadores de impacto (por exemplo, ao nível do aumento da formação profissional, do aumento de equipamento agrícola, da melhoria na otimização dos recursos, etc.). Todavia, o facto de os concelhos apresentarem melhorias em determinados aspetos, pode não ser atribuível ao financiamento, mas sim a outros fatores. De qualquer forma, os modelos estatísticos irão informar sobre a intensidade desta relação input-impacto. Conclusões igualmente relevantes podem ser obtidas se, por exemplo, se verificar uma tendência constante que os concelhos que beneficiaram de maior financiamento são sempre os mesmos que verificaram determinado efeito. Os modelos de regressão permitirão analisar a relação destas variáveis, isolando o efeito de outras.

BROCHURAS

RESULTADOS

Contactos do Projeto

Quinta da Alagoa

Estrada de Nelas, Ranhados

3500-606 Viseu

monitor2030@esav.ipv.pt
+351 232 446 600 / +351 232 240 030

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